quinta-feira, 26 de junho de 2008

Mais uma para Ela

Hoje o dia amanhece
Com um leve toque de poesia
A felicidade canta, dança...
E convida-me a desfrutar o seu sabor
Sinto o perfume da perfeição
Suspenso no ar
Anunciando a sua chegada
O que era belo torna-se sublime
Sinais ofuscantes oscilam, balançam, cintilam...
Todos os dias você aparece nos meus olhos atentos
Conduzindo –me até a terra dos sonhos.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Apenas um Fantasma

Há dias em que sou para você
Um pobre fantasma
Aquele que vaga
Pelo seu coração vago
Apenas um corpo transparente
Que passa despercebido ante seu olhar
Nesses dias em que não existo
Quase desisto
Mas meu coração persiste
E luta veementemente para lhe impressionar.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Redenção

Lembro-me das noites silenciosas
Dos gritos de desespero
Da insanidade que vertia em meu peito
Movendo-me na busca de sonhos mortos
Seria vertigem ou obsessão?

Hoje já posso ver o sol
Que outrora escondia-se atrás de delirantes nuvens escuras
Aqueço meu coração
E aprisiono minha compulsão


Agora o tempo está ao meu lado
E você também
Já tenho chão para cair
Sou movido a amor
E você é a minha fonte insaciável.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Coração Noturno

Amanhece o dia...
Num leve toque de poesia
Com a certeza que essa luz que se derrama
Nos traga um pouco, um pouco
Um pouco de alegria...

A frieza do relógio não compete com a quentura do meu coração
Coração que bate
Quatro por quatro
Sem lógica e sem, e sem nenhuma razão...

Bom dia sol...
Bom dia
Dia...

Olha a fonte
Olha os montes, horizonte
Olha a luz que chove lá e guia
A lua se oferece ao dia, e eu...
Eu guardo cada pedacinho de mim pra mim mesmo
Rindo..., louco, mais louco
Louco de euforia

Bom dia sol
Bom dia
Dia...

Eu e coração
Companheiros do absurdo, no noturno, do soturno...
No entanto, entretanto
E portanto...

Bom dia sol....
Bom dia sol....
Bom dia sol.

Raul Santos Seixas

terça-feira, 10 de junho de 2008

Quando Estou Só

O vento rege uma épica sinfonia
A madrugada dança silenciosa e cálida em meu quarto
Não consigo fechar meus olhos
A insônia consome compulsivamente meu sono
Poesias distraem meu coração
Lembro-me da paz de seus abraços
Da euforia de seus beijos
E de seu olhar lascivo
Meu coração dispara
Como uma bala perdida no tempo
Longe de você sou uma estrela solitária perdida no espaço
Um simples palhaço
Que perdeu seu sorriso.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Mal Nenhum

Nunca viram ninguém triste?
Por que não me deixam em paz?
As guerras são tão tristes
E não tem nada demais

Me deixem, bicho acuado
Por um inimigo imaginário
Correndo atrás dos carros
Feito um cachorro otário

Me deixem, ataque equivocado
Por um falso alarme
Quebrando objetos inúteis
Como quem leva uma topada

Me deixem amolar e esmurrar
A faca cega, cega da paixão
E dar tiros a esmo e ferir
O mesmo cego coração

Não escondam suas crianças
Nem chamem o síndico
Nem chamem a polícia
Nem chamem o hospício, não

Eu não posso causar mal nenhum
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim.

Cazuza / Lobão

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Para ela

Como o sol que se esconde no infinito
Em dias chuvosos
Desapareço
Quando não encontro o seu sorriso

Nas minhas poesias você é o amor
O sol que ao fim do dia mergulha no horizonte
A lua cheia que sublimemente entra em cena
Entorpecendo-me com a sua beleza

Ofereço-lhe palavras
Que são traduções do coração
Mergulho no lago dos sonhos
Submerso em desejo
Tentando encontrar o seu tímido olhar.